Laurene Powell Jobs, mais conhecida por ser a viúva de Steve Jobs, vendeu metade de suas ações na Disney, empresa na qual até recentemente ela era a maior acionista.

Ela tinha 64,3 milhões de ações no fim do ano passado; no fim de 2015, tinha 128,3 milhões.
Segundo a Barron’s, Laurene agora é a quarta maior acionista da Disney, com 4% da empresa. O maior acionista é a BlackRock, com 5,2%.
 
Steve Jobs se tornou o maior acionista da Disney em janeiro de 2006, quando vendeu a Pixar por US$ 7,4 bilhões, pagos em ações.  Cada ação da Pixar foi trocada por 2,3 ações da Disney, e Jobs ficou dono de 138 milhões de ações, o que equivalia a 7,7% da companhia.
 
Depois de sua morte em outubro de 2011, as ações foram transferidas para cinco trustes, todos controlados pela viúva.
 
Agora que caiu abaixo de 5% da Disney, Laurene não tem mais que reportar sua movimentação com ações da empresa, podendo inclusive vender tudo sem informar ao mercado.
 
Laurene Powell Jobs conheceu seu futuro marido em 1989, quando Steve foi dar uma palestra na Stanford Business School, onde ela estudava.
 
Tiveram três filhos: Eve Claire, Erin e Reed Paul.  Jobs já tinha uma filha de um relacionamento anterior, Lisa Brennan-Jobs, cuja paternidade demorou anos para reconhecer.  (Brennan-Jobs também herdou ações da Disney.) 
 
As ações da Disney são a maior parte da herança deixada por Jobs, que vendeu quase toda sua participação na Apple quando a empresa o demitiu, em 1985. À época, ele tinha 11% da empresa, uma participação que a preços de hoje valeria US$ 74 bilhões.
 
De acordo com a Forbes, Laurene é a sexta mulher mais rica do mundo, atrás de Liliane Bettencourt, que herdou 33% da L’Oréal de seu pai; a herdeira do Wal-Mart, Alice Walton; e a herdeira da companhia de chocolates Mars, Jacqueline Mars, entre outras.

Não está claro por que Laurene decidiu vender metade de sua posição na Disney, mas ela tem usado sua fortuna para promover causas em que acredita: fundou o Emerson Collective, que faz parcerias com empresários e formuladores de políticas públicas em temas como educação, reforma das leis de imigração, meio ambiente e outras iniciativas de justiça social.

Ela também fundou o College Track, que prepara alunos do ensino médio — carentes e sem boa formação acadêmica — para entrar na universidade. “No DNA do College Track está a crença de que toda pessoa pode mudar o mundo,” diz o site da ONG.