O CEO da Anheuser-Busch InBev (ABI), Carlos Brito, pareceu afastar qualquer possibilidade da Ambev participar da compra da SABMiller.
Respondendo a uma pergunta sobre um ‘eventual papel da Ambev’ na aquisição, numa teleconferência com investidores encerrada há pouco, Brito respondeu: “Esta é uma operação da Anheuser-Busch InBev… Como você viu desde o anúncio inicial, essa sempre foi uma operação da Anheuser-Busch InBev, então…”
As ações da Ambev sofreram recentemente com a incerteza dos investidores sobre como o balanço da empresa brasileira — que em vez de dívida líquida, tem caixa líquido — seria usado na transação.
Muitos investidores assumiam que a Ambev ficaria com os negócios da SABMiller na América Latina, que incluem países como Colômbia e Peru, onde a SAB é quase monopolista.
Alguns investidores temiam que a empresa brasileira tomasse muita dívida para fazer esta aquisição, mas outros viam nesta compra uma oportunidade de crescimento futuro para a Ambev, que já é dona de 67% do mercado brasileiro de cervejas.
Para alguns gestores, a Ambev poderia fazer um aumento de capital e pagar pela SABMiller América Latina em ações. Em seguida, a ABI compraria a SAB, aumentando sua participação na Ambev dos atuais 62% para 75%.
A fala de Brito parece encerrar o assunto; pelo menos por enquanto.
